Especial Dia da Mulher | Grandes Mulheres da História



Apesar de tanta repreensão, discriminação, exclusão, de serem deslocadas e criticadas, durante todo o rumo da História houveram mulheres que fugiram à regra e não aceitaram que a sociedade as reprimisse. Tiveram um grande papel na sociedade, governaram países, inventaram, descobriram e lutaram. E hoje, no dia 8 de Março, são estas precursoras que merecem as homenagens. Muito obrigado a elas, e tantas outras que lutaram para que chegássemos onde estamos hoje. E parabéns também a todas nós, mulheres, que tentamos em pequenas ações mudar o mundo à nossa volta.

Portanto, para homenagear o Dia da Mulher, convidei duas amigas incríveis para ajudar no post: Gabrielle, do Breakfast at Cinema, e a Louise, do Esquiço de Tinta, para trazer pra vocês um pouquinho do que as históricas figuras femininas deixaram de legado para nós. :)





Nefertiti (1380 - 1345 a. C.)
Nefertiti foi rainha do Egito e mulher do Faraó Amenófis IV, conhecido como Aquenáton. Além de ser considerada na época como a mais bela de todas (Nefertiti significa "a mais Bela chegou"), foi a responsável por introduzir, junto com seu marido, o monoteísmo no Egito. De acordo com estudos, ela afastou outra mulher do faraó (Kiya) a fim de continuar sendo a primeira, e, após a morte de Aquenáton, governou sozinha, como Rainha Regente, por volta de dois anos.














Cleópatra (69-30 a.C.)
Cleópatra VII ou Cleópatra Filopator Nea Thea herdou o trono de seu pai, Ptolomeu (governante do Egito após a conquista deste pelo rei da Macedônia, Alexandre III), tornando-se Rainha do Egito sozinha e posteriormente aumentando seu poder ao casar-se com Júlio César. Foi grande negociante e estrategista militar, além de poliglota e conhecedora de filosofia, literatura e arte. 



! Para saber mais:
Cleópatra (Cleopatra - 1958) de Joseph L. Mankiewicz, com Elizabeth Taylor e Richard Burton.







Hipátia de Alexandria (351/370 a.C. - 415 a. C)
Hipátia é considerada como a Primeira Mulher na Matemática. Foi professora da Escola Platônica de Alexandria, sendo que aos 30 tornou-se diretora. Também estudou filosofia e astronomia: mapeou astros celestes, criou o hidrômetro e aperfeiçoou o astrolábio. Hipátia foi assassinada por um grupo de cristãos opostos à participação feminina na sociedade e sua morte é considerada como o fim da Antiguidade Clássica e marcou a queda da vida intelectual de Alexandria.

! Para saber mais:
Alexandria (Agora - 2009), por Alejandro Amenábar com a linda Rachel Weisz no papel de Hipátia. O filme contém algumas distorções da história real porém é bem interessante para conhecer mais sobre quem foi Hipátia.





Catarina de Médicis (1519 - 1589)
Catarina de Médicis foi rainha da França de 1547 à 1589, após se casar com Rei Henrique II. Com a morte de seu marido pôs-se a frente dos assunto do Estado, já que seus três filhos eram muito jovens. Todos os três chegaram a sentar no trono, mas era Catarina que governava o reino de forma indireta, tentando introduzir a paz entre católicos e protestantes à fim de salvar seu reino, e manter a monarquia intacta. Assim nasceu a lenda de uma mulher austera, que não recuava perante nada, para se manter no poder. Ela introduziu também na França o Garfo, o sorvete, e a técnica de montar à cavalo mantendo as duas pernas para o mesmo lado. Foi a mulher mais poderosa do século XVI.

Para saber mais:

Livro de Leonie Frieda - Catarina de Médicis. A biografia de Leonie vai contar desde o nascimento dela,  sua ascensão ao poder, até o momento de morte. Sucesso que já obteve muitas edições, vale a pena ler.





Elizabeth I da Inglaterra (1533 - 1603)
Durante seu reinado, a Inglaterra tornou-se a maior potência européia, tanto econômica quanto cultural e politicamente, sendo essa época chamada de Era de Ouro. Governou durante um período de muita divisão interna devido aos conflitos entre os Anglicanos e Católicos. Valorizou intensamente a disseminação das artes, tanto que foi nesse período que surgiram grandes escritores tais sir William Shakespeare e Christopher Marlowe. Ficou conhecida como A Rainha Virgem por nunca ter se casado e nem deixado herdeiros.



! Para saber mais: 
Elizabeth (Elizabeth - 1998) de Shekhar Kapur, com Cate Blanchett no papel da Rainha Elizabeth. O filme conta os primeiros anos de seu reinado. O filme além de bem legal tem uma caracterização perfeita: a cena da entrada final de Elizabeth é idêntica ao quadro pintado em 1600. 
Elizabeth - A Era de Ouro (Elizabeth: The Golden Age - 2007) do mesmo diretor, também com Cate Blanchett porém sobre uma Elizabeth mais velha e os anos posteriores do seu reinado. Narra as conquistas de Walter Raleigh na América.







Émilie du Châtelet (1706 - 1749)
Émilie era oriunda de família aristocrática (seu pai era secretário principal do rei Louis XIV), o que lhe garantiu que frequentasse a elite intelectual da época e recebesse a melhor educação disponível para mulheres na época (que ainda era bem inferior à dos homens), por meio de grandes tutores. Desde pequena foi introduzida à astronomia por Bernard le Bovier de Fontenelle, e aprendeu matemática, literatura e ciências com outros grandes pensadores. Aos 12 anos, já era fluente em latim, grego, alemão e italiano. Émilie teve ainda um caso com o filósofo iluminista Voltaire: juntos publicaram mais de 21.000 obras sobre física e matemática. Sua Opus Magnum foi a tradução comentada para o francês de "Principia Mathematica" de Newton.









Catarina, a Grande (1729 - 1796)
Apesar de ser estrangeira (nascida na prússia) a czarina foi a responsável por expandir as fronteiras do Império e modernizar a Rússia, além de implantar reformas administrativas, estimulando a agricultura e o comércio. Governou por 34 anos de maneira absoluta, Catarina era déspota esclarecida e mantinha contato com filósofos como Diderot e Voltaire, que lhe conferiu o apelido de "A Grande". Casou-se com o Grão-duque, posteriormente nomeado Pedro III e arquitetava maneiras de conquistar o trono, o que conseguiu em 1762 após tramar com oficiais do exército o assassinato de seu marido (com quem mantinha um casamento de aparências, já que ambos mantinham amantes abertamente). Defendia fortemente as artes e o saber, tendo fundado a Universidade de Moscow em 1783. Criou leis para finalizar penas de tortura e morte, além da liberdade de culto. No âmbito da guerra ainda conquistou territórios em direção ao mar e incorporou ao Império as regiões da Criméia e a costa setentrional do Mar Negro.





Mary Wollstonecraft (1759 1797)
Mary Wollstonecraft foi uma das pioneiras do feminismo moderno com a publicação Uma Defesa dos Direitos da Mulher, em 1790. Foi ativista política e questionou sobre os resultados das revoluções igualitárias francesas, onde as mulheres foram grandes ativistas, já que estas não receberam quase nenhum direito de cidadania.
Foi o ministro anglicano local Richard Price que a incentivou a escrever textos políticos sobre diversos assuntos, tais como tráfico de escravos, abusos no casamento e injustiças contra os mais pobres, e uma de suas produções, A Reivindicação dos Direitos do Homem, chamou a atenção de autores como William Blake, Jean-Jacques Rousseau e Voltaire, fazendo com que suas ideias fossem discutidas nos principais círculos intelectuais da França e do Reino Unido.
Mary era uma exceção à sua época: desde jovem mantinha-se sozinha com os serviços de tradução, educação e jornalismo, não dependendo de homem nenhum.





Sacagawea (1788 - 1812)
A indígena americana Sacagawea ficou conhecida por ter auxiliado como guia e intérprete na Expedição de Lewis e Clark (1804 - 1806), a primeira grande expedição exploratória da América do Norte. Ela ficou conhecida como símbolo de força feminina nos Estados Unidos, sendo lembrada até hoje como figura essencial da História Americana.
















Maria Quitéria (1792 - 1853)
Conhecida como a Joana D'Arc brasileira, Maria Quitéria de Jesus Medeiros foi uma militar, heroína da Guerra de Independência. 
Maria Quitéria teve uma infância comum, porém após a morte da mãe teve que assumir a tarefa de cuidar dos dois irmãos mais novos. Quando despontou a guerra, os partidários convocavam soldados para a batalha. Maria pediu ao pai permissão, porém não a obteve. Então, pegou roupas do cunhado e contra a vontade do pai alistou-se no Batalhão de Artilharia como "soldado Medeiros" em 1822. Após algumas semanas, foi desmascarada pelo pai, que a encontrou. Porém sua habilidade para o manejo das armas e estratégias militares fizeram com que os oficiais não permitissem que ela partisse.
Depois da Declaração da Independência, as tropas portuguesas seguiram lutando no país. Numa batalha ocorrida na foz do rio Paraguaçu, o grupo de combatentes mulheres liderado por Maria Quitéria teve grande destaque, e quando os portugueses foram derrotados ela foi reconhecida como heroína de guerra, recebendo do Imperador o título de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro.





Anita Garibaldi (1821 - 1849)
Anita Garibaldi foi a " Heroína dos Dois Mundos" e recebeu esse título por ter participado de batalhas no Brasil e na Itália. Após conhecer Giuseppe Garibaldi, (que mais tornou-se seu marido) uniu-se a ele para lutar na Revolução Farroupilha.
Participou de muitas outras greves e guerras brasileiras, antes de retirar-se para a Itália, com Garibaldi e seus três filhos. Em Roma luta pela independência do país até sua morte precoce, aos 28 anos.

! Para saber mais: 
 A Casa das Sete Mulheres foi uma minisséria de sucesso criada em 2003 pela Rede Globo com grande elenco(Fernanda MonteNegro, Mariana Ximenes, Thiago Fragoso, Camila Morgado etc) que conta parte da história de Anita (Giovana Antoneli) e Giuseppe (Thiago Lacerda), e detalhes sobre a Revolução farroupilha. 






Princesa Isabel (1846 - 1921)
Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon (WOW) foi a última princesa imperial, a terceira chefe de Estado brasileira e assinou a Lei Áurea, que aboliu a escravidão no Brasil.
Foi também a primeira senadora do Brasil, e com a morte de seu pai, D. Pedro II, em 1891, tornou-se chefe da Casa Imperial.









Chiquinha Gonzaga (1847 - 1935)
"Ó abre alas, que eu quero passar..." A primeira marcha carnavalesca letrada, "Ó Abre Alas", foi criada por ela. Chiquinha Gonzaga foi a primeira chorona e primeira pianista de choro no Brasil, sendo também a primeira mulher brasileira a reger uma orquestra. Aos 9 anos, ganhou um piano de presente do pai e aos 11 compôs sua primeira música.
Além da música, Chiquinha era também forte abolicionista: vendeu de porta em porta partituras suas a fim de arrecadar fundos para a causa. Com a receita das vendas da música "Caramuru", em 1888 ela comprou a alforria do escravo e músico José Flauta. Também participou ativamente de campanhas para a proclamação da república.

! Para saber mais: 
Chiquinha Gonzaga (1999), minissérie de Jayme Monjardim, Marcelo Travesso e Luiz Armando Queiroz, com Regina Duarte, Carlos Alberto Riccelli e Gabriela Duarte, que conta a história da compositora.





Marie Curie (1867 - 1934)
Marie Curie dedicou-se ao estudo da física, matemática e química, sendo a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel. Nascida Maria Sklodowska na Rússia, ainda jovem mudou-se para Paris. Em 1985 Marie casa-se com Pierre Curie, que na época trabalhava no Laboratório de Física e Química Industrial, onde mais tarde seriam colegas de trabalho.
Obteve o grau de Bacharel em Física e Matemática pela Universidade de Sorbonne, em Paris, sendo a primeira mulher a lecionar nessa universidade. Começou seus estudos sobre radioatividade com Urânio em 1896, juntamente com seu marido. Juntos, descobriram dois novos elementos: o Polônio e o Rádio. Tal descoberta abriu caminhos para pesquisas médicas, levando muitos cientistas da época a dedicarem-se à área. Em 1903 recebeu o título de Doutora pela Sorbonne e, em conjunto com seu marido, o Prêmio Nobel de Física pela descoberta dos novos elementos.
Em 1911 ganha o Prêmio Nobel de Química por estudos sobre o Rádio, sendo a primeira pessoa (não primeira mulher, primeira pessoa mesmo!) da história a receber dois prêmios Nobel.

! Para saber mais: 
Madame Curie (1937), biografia de Marie Curie escrita pela sua filha Ève, no Brasil traduzida por Monteiro Lobato.
Madame Curie (1943), filme biográfico de Mervyn LeRoy baseado no livro de Ève Curie.



Bertha Lutz (1894 - 1976)
A bióloga Bertha Lutz foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil, responsável direta pela articulação política que resultou nas leis que deram direito de voto às mulheres e igualdade de direitos políticos nos anos 20 e 30. Criou, em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, o embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (1922). Representou o Brasil na assembleia geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, onde foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana.Após a Revolução de 1930, o movimento sufragista conseguiu a grande vitória, por meio do Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, do presidente Getúlio Vargas, que garantiu o direito de voto feminino no País. Elegeu-se primeira suplente de deputado federal pela Liga Eleitoral Independente. Assumiu a cadeira na Câmara Federal em 1936, após a morte do deputado Cândido Pereira. Defendeu então mudanças na legislação referentes ao trabalho da mulher e do menor, a isenção do serviço militar, a licença de três meses para a gestante e a redução da jornada de trabalho, então de 13 horas.




Simone de Beauvoir (1908 - 1986)
Simone de Beauvoir foi uma escritora e ensaista francesa. Sua obra mais conhecida é o livro “O Segundo Sexo”. É considerada uma das maiores representantes do pensamento existencialista francês.
Suas ideias tratavam de questões ligadas à independência feminina e o papel da mulher na sociedade e sua obra refletia também a luta feminina e as mudanças de papéis estabelecidos, assim como a participação nos movimentos sociais. 




Rosa Parks (1913 - 2005)
Rosa Parks foi uma costureira americana que ficou conhecida após recusar-se a levantar de seu assento no ônibus para dar lugar a um branco (durante a Segregação Racial Americana, homens e mulheres de cor não podiam andar na mesma calçada que brancos e deveriam ceder seus lugares no transporte público, além de várias outras limitações).
Em 1932 casou-se com Raymond Parks, membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), uma organização que luta pelos direitos civis dos negros, da qual Rosa se tornou militante.
Foi uma mulher muito corajosa e sua atitude teve grande repercussão na América, inspirando Marthin Luther King (no fundo da foto) a incentivar seus fiéis negros em sermões a fazerem o mesmo.




Margaret Tatcher (1925 - 2013)
Candidata pelo Partido Conservador em Dartford, sobressaiu-se pela clareza de seus discursos e conquistou eleitores. Nos anos 1950, Margaret Thatcher especializou-se em direito tributário. Em 1959 foi eleita para a Câmara dos Comuns. Dois anos depois, tornou-se Secretária de Estado para Assuntos Sociais e, no início dos anos 1970, foi nomeada Ministra da Educação, durante o mandato de Edward Heath.
Em 1975, substituiu Heath na direção do Partido Conservador. Implementou um projeto de redução da intervenção do estado na economia e cortou gastos sociais, seguindo um liberalismo estrito. Em 1979, o Partido Conservador ganhou as eleições por ampla margem de votos. Margaret Thatcher tornou-se a primeira mulher a ser eleita primeira-ministra no Reino Unido e em toda a Europa. Governou com pulso firme até 1990, ganhando o apelido de "Dama de Ferro", por suas posturas inflexíveis. Conseguiu bons indicadores econômicos, com o controle da inflação e a valorização da moeda. No entanto, não pôde evitar o aumento do desemprego.

Escrito por

Débora, 18 anos. Costumava ser um Jedi mas se uniu ao lado escuro. Da Lua.

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