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Esqueça tudo o que você já sabe sobre Matthew McConaughey: após perder mais de 20 quilos para a gravação do filme Clube de Compras de Dallas, onde interpreta Ron Woodroof, caubói-machista-comedor-irritante que contrai Aids, o ator ficou irreconhecível. Conta ele que sua dieta baseava-se em uma ou duas refeições por dia e que foi o maior desafio da sua carreira. (Claro né!)
E não apenas ele. Essa onda de transformações para o filme também pegou Jared Leto, que dá vida à Rayon, um travesti portador do HIV que está definhando. |
| Colegans, precisamos conversar sobre esses segredinhos de dieta aí rs O filme é baseado na história real de Ron Woodroof, um eletricista fã de rodeios que levava uma vida regada à álcool, bagunça, drogas e sexo. Até que um dia ele descobre (por acidente) que está infectado com o vírus da Aids. Mas isso em 1986 galera, época em que a Aids era chamada de "câncer gay", tudo era cheio de preconceitos e não haviam tantas pesquisas sobre ela ainda. Quando chega ao hospital, os médicos lhe dão apenas 30 dias de vida. Num primeiro momento ele passa por uma fase de negação, mas depois não se conforma com a morte e começa a lutar para viver. E foi justo na época em que (impulsionadas pelo crescente avanço da doença) a indústria farmacêutica corria desesperadamente atrás de algum remédio que pudesse curar ou retardar os efeitos do HIV. Surgiam pesquisas sobre o AZT, e Eve, médica interpretada por Mas como todo teimoso que se preze, Ron decide conseguir o remédio à sua maneira: contrabandeando drogas do México. Assim, ele cria um sistema complexo de venda de remédios à pacientes aidéticos, junto com Rayon, um paciente que conheceu no hospital e que acaba por se tornar um grande amigo seu. Quem não gosta nada disso é a polícia. Mas o resto você assiste pra saber :) Trailer legendado do filme. A entrega dos atores foi total. Me sinto até mal em falar sobre Oscar 2014, já que a disputa está acirradíssima. Embora eu ache que o Leonardo DiCaprio provou definitivamente que merece esse Oscar, Matthew e Jared deram um show à parte. Momento mãe Diná aqui: Jared vai ganhar Melhor Ator Coadjuvante. Pelo menos se não ganhar ficarei #chateada.  O melhor do filme é o ritmo que a história se passa: nos primeiros dias após o diagnóstico da doença, o ritmo do longa acompanha as energias de Ron: fica lento, arrasta-se e adquire uma fotografia extremamente melancólica. Mas quando ele decide mudar o rumo das coisas o filme fica dinâmico, tudo acontece muito rapidamente, como se houvesse uma sutil sincronia. Mas o ponto central é todo o preconceito que envolve a Aids. O próprio Ron teve problemas em aceitar o fato de que ele teria de conviver com uma doença "homossexual" e foi com Rayon que ele aprendeu a respeitar as diferenças. Algumas cenas onde ele sofre discriminação de seus antigos "amigos" (por favor né, aquilo não é amigo não) mostram o como a sociedade da época era ignorante dos fatos. |
Em suma, é um filme comovente e profundo que vale muito a pena. Arranca umas lágrimas bem discretinhas. A direção de Jean-Marc Vallée ficou muito boa, fotografia e dinâmica também. Mas o destaque é para a maquiagem! Os atores pareciam náufragos, desnutridos, refugiados. Nada à lá Tim Burton mas as vezes menos é mais. Nesse caso menos foi muuuito mais. Diria que é um Lobo de Wall Street com a parte das consequências. E sem grana, é claro HAHAHAHAHA.
Concorre nas categorias:
- Melhor Filme
- Melhor Ator
- Melhor Ator Coadjuvante
- Roteiro Original
- Edição
- Maquiagem/Cabelo
Algum de vocês já assistiu Clube de Compras Dallas? E aí, o que acharam?
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